4 de setembro de 2008

Ane o que?

Caros e Caras,


Está em discussão em audiência pública no Brasil, iniciada já há uma semana, o assunto sobre a legalização para interrupção da gestação de fetos anencéfalos.

Isso é bom ou ruim? Devo ou não defender essa idéia?
Bom, antes de mais nada, para nos posicionarmos, devemos saber do que se trata.

Você sabe o que são fetos anencéfalos?


A anencefalia consiste em malformação rara do tubo neural acontecida entre o 16° e o 26° dia de gestação, caracterizada pela ausência total ou parcial do encéfalo (lembram o que é encéfalo?) e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural durante a formação embrionária. Esta é a malformação fetal mais freqüentemente relatada pela medicina


Ao contrário do que o termo possa sugerir, a anencefalia não caracteriza somente casos de ausência total do encéfalo, mas sobretudo casos onde observa-se graus variados de danos encefálicos. A dificuldade de uma definição exata do termo "baseia-se sobre o fato de que a anencefalia não é uma má-formação do tipo 'tudo ou nada', ou seja, não está ausente ou presente, mas trata-se de uma má-formação que passa, sem solução de continuidade, de quadros menos graves a quadros de indubitável anencefalia. Uma classificação rigorosa é, portanto quase que impossível"
Na prática, a palavra "anencefalia" geralmente é utilizada para caracterizar uma má-formação fetal do cérebro. Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes do tronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo.

Feto anencéfalo
Trata-se de patologia letal. Bebês com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida extra-uterina que terão. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão, a partir das 12 semanas de gestação, através de um exame de ultra-sonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal. De modo geral, os ultra-sonografistas preferem repetir o exame em uma ou duas semanas para confirmação diagnóstica.
O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subseqüente. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há também maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada. Uma das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão de ácido fólico antes e durante a gestação.
Nos últimos anos, com os avanços tecnológicos que permitem exames precisos para este tipo de malformação fetal, juízes têm dado autorizações para que as mulheres com gravidez de fetos anencéfalos pudessem efetuar a interrupção da mesma, decisões comumente alvos de protestos de grupos religiosos e laicos contrários ao aborto.

Por isso está em discussão esta legalização ...


abraço,

Um comentário:

Simone Vidal disse...

Muito interessante este assunto que gera muita polêmica, até que ponto temos poder de decidir se tiramos ou deixamos viver fetos em tais condições, sem perpesctiva de vida saudavel e útil, que vai causar tanto sofrimento aos seus pais e a si mesmo no seu pouco tempo de vida ou não? Quando aprendemos fica mais fácil,não,fácil não é,mas mais claro que tipo de qualidade de vida esse feto terá...
Muito importante nos esclarecermos diante de decisões tão importantes.
Adorei conhecer um pouco mais sobre este assunto.....
Abraço

Si